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Médico (1969), mestre em Patologia Humana (1974) pela Universidade Federal da Bahia e doutor em Medicina - área de concentração Imunopatologia (1977) pela Universidade de Genebra, Suíça. Em 1979 Implantou o Centro de Imunologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, Rio de Janeiro, que deu origem ao Departamento de Imunologia, congregando pesquisadores que se destacaram internacionalmente na área de doenças parasitárias (chagas, leishmanioses, malária e micoses).

Em 1982, iniciou trabalhos pioneiros na área de AIDS, tendo isolado o HIV, pela primeira vez na América Latina, e contribuído para implantação da triagem deste vírus nos bancos de sangue do país. Em 1988, transferiu-se para Salvador/BA tendo implantando o Laboratório Avançado de Saúde Pública (Laboratório Nacional de Referência do Ministério da Saúde para o Diagnóstico HIV/HTLV) no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz da Fiocruz/BA.

Em 2001, implantou o Centro Integrativo Multidisciplinar de HTLV-1 da EBMSP. Coordenou a Rede Nacional de Isolamento e Caracterização do HIV (1993-2001). Professor Titular da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e Coordenador do Centro Integrativo Multidisciplinar de HTLV (EBMSP). Pesquisador Emérito da Fundação Oswaldo Cruz. Membro do Conselho Curador da Fundação José Silveira. Membro da Assembléia do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira. Membro da Academia de Ciências da Bahia. Membro do Conselho Diretor da Academia de Ciências da Bahia. Tem experiência na área de Retrovirologia Humana (HIV/AIDS e HTLV), principalmente em polimorfismo viral, patogêneses, diagnóstico laboratorial, origem e disseminação do HIV e HTLV.

Graduação em Medicina pela Faculdade Técnico Educacional Souza Marques (1979), Mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e Doutorado em Imunologia Clínica pela Universidade de Londres (1992). Diretor Científico da Fundação Ataulpho de Paiva e Membro do Comitê da Vacina BCG da OMS - World Health Organization. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia de mucosas e prevenção, atuando principalmente nos seguintes temas: HIV, tuberculose, vacinas e microbicidas. Tem interesse em P&D, tendo sido responsável pela certificação internacional da estirpe e da vacina BCG Moreau Rio de Janeiro na OMS e desenvolvido pesquisas que geraram patentes com o BCG e testes diagnosticos.

Foi chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (1994 a 2013), Membro do MUVAPRED (Mucosal Vaccines For Poverty Related Diseases) da Comunidade Economica Europeia (2001 a 2004), Coordenador de área de Vacinas do INCT em Tuberculose e Membro da Câmara Técnica de Imunobiológicos do MInistério da Saúde.

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1992). Pós-graduado em Endocrinologia e Medicina de Família e Comunidade. Possui título de especialista em Doenças Infecciosas. Pós-graduando em Bioética e Ética aplicada pela Fiocruz. Atualmente é assessor técnico do Ministério da Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: DST, HIV/Aids, Hepatites Virais.

Contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento da Virologia. Fez descobertas que modificaram a ciência tanto no Brasil como no exterior. Tinha uma postura de humildade frente à ciência e sempre aconselhava a responder os desafios com trabalho. Naturalizado cidadão da Inglaterra em 1957, onde foi Chefe da Divisão de Virologia do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas e chefe de Departamento de Virologia em universidade. Teve sua carreira no Instituto Oswaldo Cruz marcada por dois períodos: entre 1948 e 1951, quando iniciou sua carreira, e na sua volta após a sua aposentadoria na Inglaterra, onde aqui permaneceu de 1979 a 1994, quando faleceu.

Virologista francês, Luc Montagnier nasceu em 18 de Agosto de 1932, em Chabris. Iniciou a sua carreira de investigador trabalhando como assistente da Faculdade de Ciências de Paris. Trabalhou no Instituto Curie e em 1972 tornou-se diretor do Instituto Pasteur. É membro de várias academias francesas e internacionais e dedica os seus estudos à biologia celular, à virologia e ao cancro. É também presidente da World Foundation for AIDS Research and Prevention, que ajudou a fundar.

Em 1982, Montagnier dirigia uma equipe de investigação à qual pertencia Françoise Barré-Sinoussi, quando Willy Rozenbaum, um médico do Bichat Hôpital de Paris, requisitou a ajuda dessa mesma equipe. Foi-lhes pedido que tentassem descobrir a causa viral de uma nova e misteriosa síndrome, a SIDA, que infectava alguns doentes seus. Rozenbaum (que foi também muito importante neste processo) sugeriu que a causa poderia ser um retrovírus e enviou a biópsia de um nódulo linfático de um dos seus pacientes para que a equipe de Montagnier a analisasse. Montagnier dissecou o nódulo e fez uma cultura a partir dele. Nas semanas seguintes, Barré-Sinoussi e os seus assistentes analisaram a cultura e determinaram que a atividade retroviral era a responsável pelo efeito patogênico do vírus nos linfócitos.

O vírus recebeu o nome LAV (Lymphadenopathy Associated Virus) e em 1986 passou a designar-se HIV (Human Immunodeficiency Virus) ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), em português. As investigações de Luc Montagnier contribuíram muito para que se compreendesse de que forma os vírus alteram a informação genética dos organismos hospedeiros, o que permitiu alguns avanços significativos na área da pesquisa oncológica.

Robert Charles Gallo (Waterbury, 23 de março de 1937) é um médico pesquisador estadunidense. É conhecido como um dos descobridores do vírus do HIV. Os créditos por essa descoberta, ou isolamento, do vírus HIV foram divididos com dois outros médicos do Instituto Pasteur da França, Dr. Luc Montagnier e Dra. Françoise Barré-Sinoussi. Estes dois últimos, agraciados com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2008.

Frase atribuída a ele: "Quem não sabe explicar o que faz em quinze minutos é porque não sabe o que está fazendo".

No dia 4 de maio de 1984, Gallo e seus colaboradores publicaram uma série de quatro artigos científicos no periódico Science demonstrando que um retrovírus que eles isolaram chamado HTLV-III, na convicção de que o vírus estava relacionado aos vírus de leucemia de um trabalho anterior de Gallo, era a causa da AIDS. Um time francês no Instituto Pasteur em Paris, liderado por Luc Montaignier, publicou um artigo no Science em 1983, descrevendo um retrovírus que eles chamaram de LAV (lymphadenopathy associated virus ou vírus associado à linfadenopatia), isolado de um paciente com risco de AIDS. Gallo ganhou seu segundo Prêmio Lasker em 1986 por "determinar que o retrovírus agora conhecido por HIV-1 é a causa da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)." Ele é o único que ganhou dois prêmios Lasker.

Virologista francesa, Françoise Barré-Sinoussi nasceu em 30 de Julho de 1947 em Paris, e é diretora da Unidade de Regulação das Infeções Retrovirais, no Departamento de Virologia do Instituto Pasteur, em Paris. O seu percurso acadêmico foi feito na Universidade das Ciências de Paris, em 1968 (Bioquímica), no Instituto Pasteur e na Universidade das Ciências de Paris, entre 1972 e 1975 (doutorado em Virologia) e na Fundação de Ciência Nacional, NIH-NCI, em Bethesda, nos Estados Unidos, entre 1975 e 1976 (pós-doutorado em Retrovirologia). Desde 1975 que Barré-Sinoussi trabalha no Instituto Pasteur, tendo começado como investigadora assistente, passando depois a professora assistente e, finalmente, a diretora de investigação. Em 1986 teve a seu cargo o Laboratório de Biologia Retroviral (que entretanto passou a designar-se por Unidade de Regulação das Infecções Retrovirais), uma vez que a sua área de investigação incidia sobre um grupo particular de vírus – os retrovírus.

Em 1983, Barré-Sinoussi fez parte de um grupo de investigadores liderado por Luc Montagnier, grupo ao qual foi pedido que descobrisse a causa de uma nova síndrome denominada SIDA. Foi feita uma análise de um nódulo linfático de um dos pacientes infectados e o conhecimento de Barré-Sinoussi na área de investigação retroviral foi fundamental para a descoberta do retrovírus VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e o seu reconhecimento como causador de SIDA, em 1983. Em 1988, a virologista iniciou uma série de programas de investigação relacionados com o vírus VIH e, até 1998, esteve também envolvida em programas de tentativa de desenvolvimento de vacinas, usando primatas. A sua equipe de investigação está focando o seu trabalho em aspetos específicos como a tentativa de regulação da infeção por VIH, mais propriamente no estudo da transmissão do vírus de mãe para filho e na importância das defesas inatas do indivíduo no controle do vírus.

Barré-Sinoussi é autora e coautora de mais de 200 publicações científicas e recebeu diversos prêmios e condecorações pelo seu notável trabalho, como o Award of the French Academy of Medicine, o King Faisal International Prize of Medicinel, o Prize Medicine and Research of the Institute of Sciences of the Health, o Emeritus Award of the International AIDS Society ou o ARRI Award in Biomedical Sciences. A virologista tem colaborado imensamente com diversas sociedades científicas e com organizações ligadas à SIDA, como a National Agency for AIDS Research.

Em 2008, Françoise Barré-Sinoussi foi distinguida com o Prêmio Nobel da Medicina (que dividiu com o compatriota Luc Montagnier e com o alemão Harald zur Hausen) pela contribuição para a descoberta do VIH, fundamental para compreender o desenvolvimento da SIDA e desenvolver tratamentos retrovirais.